quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

BORAT – O SEGUNDO MELHOR REPÓRTER DO GLORIOSO PAÍS CAZAQUISTÃO VIAJA À AMERICA


O humor americano possui suas peculiaridades, é preciso, de certa forma, aprender a rir com ele, mas isso muitas vezes não vai além de um mero riso forçado. Mas esse filme revela o que é uma comédia de verdade! Borat é um pseudo-repórter do Cazaquistão, personagem criado e interpretado pelo ator inglês Sacha Baron Cohen. Ao tentar supostamente aprender sobre a cultura americana, Borat, deixando escapar seus preconceitos, que acabam por desenterrar os de seus entrevistados, revela o que essa tão autoglorificada cultura tem de mais ridículo, obtuso, fútil e risível. O choque entre costumes é pretexto para que os sentimentos mais xenofóbicos, homofóbicos, elitistas e mesquinhos venham à tona. Convenhamos, rir da sociedade americano é o melhor e mais entusiástico dos risos atualmente, creio não ser necessário dizer o porquê. Apesar do longa conter uma história com início, meio e fim, as informações que obtive garantem que ele foi rodado no formato pegadinha, com a diferença de que a câmera não precisava ficar escondida, já que o personagem é um repórter. É claro que a cena inicial e a final foram encenadas, todavia, a reação de algumas pessoas entrevistadas ao longo do filme dá mesmo a sensação de que elas não têm a mínima idéia de que aquele é um inglês fingindo ser um habitante do distante Cazaquistão. Mas, por outro lado, por mais que tudo não passe de uma grande farsa, o filme continua hilário do mesmo jeito.Sacha Baron Cohen, indicado ao Oscar e ganhador do Globo de Ouro como melhor ator por esse filme, é tudo o que o Repórter Vesgo do infame programa trash “Pânico na TV” sonha em ser (não é a toa que Vesgo, ao ser certa vez apelidado de Borat por um americano, viu-se todo eufórico). A arte de Borat de constranger as pessoas é muito mais refinada que a de Vesgo, pois muitas vezes nos irritamos com o Vesgo a tal ponto de quase dar razão para as celebridades que partem para a violência, mas com a ingenuidade de Borat não há como se irritar.

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