quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

O LABIRINTO DO FAUNO


Conto de fadas “para adultos” encanta e choca em um universo que mescla os horrores da guerra civil espanhola e o mundo mágico vivido por uma menina.

O diretor Guillermo Del Toro (“Blade II”, “Hellboy”) escreveu e dirigiu com maestria essa fábula bela e violenta. Apesar do visual fantástico o filme não é feito (nem recomendado) para crianças. Ganhador do Oscar de fotografia, maquiagem e direção de arte, “O Labirinto do Fauno” é um verdadeiro espetáculo poético e, algumas vezes, assustador. A trama se passa em 1944, durante a guerra civil espanhola. A pequena Ofélia muda-se, juntamente com sua mãe, para um posto militar numa região montanhosa, para viver com o capitão Vidal. Insensível e brutal, Vidal, recém casado com a mãe de Ofélia, detesta a garota e só se importa com o filho que a mãe desta está esperando para preservar a honra de seu nome. Ofélia refugia-se, assim, em um mundo mágico, no qual se encontra com um fauno que afirma ser ela a princesa perdida do seu reino subterrâneo. Para voltar a reinar novamente, a jovem tem que realizar três tarefas sob as orientações do Fauno. A maneira com que Del Toro mescla a realidade com a fantasia leva o espectador a embarcar numa viagem fascinante, emocionante e marcante. O filme também traz um show de atuações, com destaque para Sergi Lópes como o capitão Vidal e Doug Jones (que também se esconde na pele prateada do Surfista Prateado e na viscosa e escamosa de Abe Sapien em “Hellboy”) como o fauno. Ivana Baquero, que interpreta Ofélia, não está excelente, mas se mantém em um nível competente.

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