quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

DURO DE MATAR 4.0


Junto com “Transformers”, o mais novo filme de John McClane desponta como a surpresa mais bacana entre os filmes de ação de 2007. Surpresa porque a idéia de robôs gigantes se digladiando soava para mim a coisa mais “Power Ranger” do mundo, e os filmes do tipo “Duro de Matar” eram para mim coisa datada, presa aos anos 80 e início dos 90. O policial canastrão, cheio de frases de efeito, que saí mandando bala para todo lado era muito legal para aquela época, mas agora não convence mais: a década de 10 marca o início da predominância dos super-heróis, mundos fantásticos, e cia (novamente, não que eu esteja reclamando), tudo proporcionado pela magia digital. Só que “Duro de Matar 4.0” é como o próprio título já diz, a praga não morre de jeito nenhum. Prova disso é a trama mais que contemporânea, com ritmo frenético, muito humor (dá-lhe frases de efeito e uns clichêszinhos básicos), e ação, muita ação, boa e da melhor qualidade como há muito não se via em filmes polícias hollywoodianos (parece que James Bond só sabe desfilar de terno). O melhor é ver como a concepção de heroísmo McClaniano é discutido no filme, isto é, o que um policial metido a maluco pode fazer no mundo cibernético de hoje? Ou seja, eles não ignoraram que tiras durões do tipo de McClane é algo difícil da platéia atual engolir e se propuseram a pôr isso em pauta na trama do filme. Porém, nisso acabaram cometendo alguns exageros, às vezes parece que McClane foi congelado na década de 80 e acabou de despertar no ano 2007, como se ele nunca tivesse ouvido falar de MP3, GPS ou mesmo Internet. Além do mais, algo que sempre me deixa chateado no final da maioria dos filmes policiais também ocorre em “Duro de Matar 4.0”: não há um conflito mano a mano entre o herói e o vilão, coisa mais chata: o bandido foge, o mocinho emplaca numa perseguição, dá um tiro no desgraçado e acabou! Cadê aquelas brigas de rinha do tipo “Chuva Negra” e “Maquína Mortífera 2”. Todavia, em “Duro de Matar 4.0”, apesar de não ter um tal mano a mano, a morte do vilão não deixa de ser “invocada”!!

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