quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

O GRANDE TRUQUE


Com O grande truque o diretor de Amnésia novamente obriga o espectador a querer rever o filme.

Quem não assistiu ao ótimo Amnésia, talvez (para prejuízo seu) não tenha paciência para acompanhar o complexo desenrolar dos mistérios de O grande truque, mas para quem já se habitou com o modo com que Cristopher Nolan narra uma história e sabe que vale a pena assistir seus filmes até o final, será recompensado com uma ótima diversão que, o melhor de tudo, dá o que pensar. O diretor de Batman begins, que também está dirigindo The dark knight (O Cavaleiro das Trevas), próximo filme do morcegão, narra, ou melhor, monta um quebra-cabeça envolvendo dois mágicos rivais que, durante o final do século XIX, levam até as últimas conseqüências uma disputa para ver quem oferece ao público o truque mais extraordinário. Antes mesmo de atuar na pele de Bruce Wayne em Batman Begins Christian Bale já havia se consagrado como um ator de peso, sua brilhante atuação em O grande truque só vem corroborar isso. Já Hugh “Wolverine” Jackman ainda precisa provar, pelo menos para os críticos mais exigentes, seu potencial como ator, mas com sua atuação nesse filme ele mostra que não tardará a conseguir tal feito. O filme também tem como pontos altos os cenários e os figurinos que retratam o final do século XIX com muita sutileza e beleza. O grande truque não é um filme com uma narrativa muito comum, por isso, pode causar certa estranheza a princípio, porém, ao final, consegue o grande feito de fazer com que o espectador não apague imediatamente o filme da cabeça, como normalmente acontece, mas que fique pensando sobre o que acabou de ver e que, provavelmente, terá que rever.

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